A
MOÇA LINDA DO BUSÃO
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
A
menina linda, dentro do ônibus, falava ao celular, conversando descontraída e animadamente
com a amiga.
Num
dado momento, utilizou algumas palavras de baixo calão, revelando que não havia
limpeza mental. Os pensamentos que emitia detectavam uma carência de higiene
mental, contrastando com aquela figura linda de mulher jovem, chamando a
atenção de quem a ouvia, num misto de espanto e constrangimento.
Impressionante
como aquela garota permanecia indiferente à impressão que causava nas pessoas
que a viam e a ouviam, em seu deteriorado aspecto psicológico e ela não
advertia o contraste que sua pessoa produzia naquele ambiente de um coletivo
lotado.
A
figura linda, de fato, escondia uma pessoa feia mentalmente, porque em seu
interior convivia com pensamentos que se conduziam através de palavras baixas,
gírias que conflitavam com a sua beleza exterior.
O cuidado com as palavras deveria
ser o mesmo que se tem com o trato com as roupas. O asseio com o corpo há de
ser o reflexo da limpeza interna, pura.
O descuido no uso das palavras
pode revelar a falta de limpeza mental que enfeia a pessoa que as expressa em
suas manifestações na convivência com os seus semelhantes.
Muitos que viam e ouviam aquela
menina linda por fora e muito feia por dentro deixavam perceber em seus
semblantes uma mescla de pena e encabulação, em face do desleixo e do
desalinho, enfim, do desasseio que tanta repulsa produz.
Aquela moça muito bem apresentada
por fora se mostrou mentalmente desalinhada. Como pode uma pessoa permanecer indiferente
à impressão causada por seu deteriorado aspecto psicológico ou deixar de
perceber o contraste que sua pessoa produz no ambiente que frequenta! Que pena!
Diziam alguns. Que pena!
O asseio no vestir e no pensar
traduzirá em limpeza na conduta?
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